Ó pátria, horas, amada Brasil!

Vestiram o Brasil de Brasil

Mas esqueceram de se vestir de dignidade

Beberam da cachaça mais barata

Mas esqueceram de tomar um pouco de vergonha

Vestiram o Brasil de Brasil

Com as camisetas mais caras

No entanto esqueceram de se vestir de caridade

Vestiram as praças, as casas, as emissoras de TV

Mas esqueceram de se despir da corrupção

E ainda se orgulham em vestir o BRASIL...

Que irônia!

- Quem é você pra está diante de mim, pra me desafiar? Quem é você? - Perguntou com aqueles olhos profundos e secos.

Ela nada respondeu, pegou sua bolsa e levantou-se.

- Essa é você! Uma filha da puta que não sabe dizer nem quem é, porque não é nada! -Gritou irônicamente.

Ela não olhou pra trás, ele era um dos homens mais ricos daquela cidade, ela uma jornalista com uma vida bem sucedida, pra quantidade de dinheiro dele, ela era mínima... Abriu a porta e deixou aquela sala de riquezas sem dizer 'tchau'. Ele ainda a observava pelo vidro da sala de sua loja. Na frente haviam duas crianças pedindo esmola há horas e sendo ignoradas por todos que ali passavam. Abriu a carteira e puxou duas notas de R$ 50,00, uma para cada criança. Ele olhava perplexo aquela cena, então ela arrancou uma folha do jornal que havia comprado naquela manhã (e que como sempre, só continha desgraças), com um de seus batons, vermelho-sangue, escreveu algo, e encostou a folha sob o vidro da sala dele. De sua cadeira de couro legitimo ele pode ler:

- Essa sou eu! E o senhor quem é pra me fazer tal questionamento?

Ele nunca devolveu a resposta!

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O que lhe faz pequeno ou grande diante das coisas da vida são as suas atitudes e não o dinheiro que você tem na sua conta bancária.

Consciência...

Quanto vale meu tênis?

R$200?R$300?

E os pés descalços e calejados

Daquele pobre ser humano?

Os pés dele vale menos que os meus pés?

Quanto vale esse jantar?

R$5,00?R$100,oo?

E a fome daquela criança quanto custa?

A minha necessidade é mais necessária que a dela?

Eu não custo nada, não tentem me comprar, sou um produto em falta.

Eu consigo enxergar essas pobres criaturas a nossa volta,

que são iguais a mim e a você,

pele,osso e alma.

Não se iluda, o resto não somos nós é capitalismo.

Bolsas ficam, sapatos se estragam, roupas rasgam, cd's quebram, ideias são compradas e vendidas a todo momento, a carne é doada aos vermes.

A alma será sua pra sempre, faça com que ela seja algo de grande valia e olhe ao seu redor.

São pessoas e não germes.

Vozes dissonantes

Por onde andam os oprimidos?

Por onde andam os donos das melhores vozes desse mundo?

Onde estarão os grandes jornalistas que desafiaram o poder pelos seus ideais e por um povo sofrido?

E esse povo sofrido? Será que se acostumaram com a dor?

Será que estão todos mortos em suas roupas de marca, em seus óculos rayban, em cima de seus saltos prada?

Afogaram-se numa garrafa de coca-cola?

Será que não percebem? Não notam o caos que esse país está se tornando?!

Andam se comendo, e o pior:

não por prazer, por pressa!

Calaram com um salário mínimo a miséria, com um bolsa família, e enquanto isso nadam na riqueza, pra uns um salário mínimo, pra outros milhares.

E os jornalistas que deveriam salvar o mundo por onde andam? Morreram junto com Christopher Reeve? Foram subornados pela globo? Pela veja? Esqueceram de seus ideais ou os escondem dentro de seus 'Bugatti Veyron'?

Me poupem desse egoísmo capitalista,

Sei que faço parte dele, mas ele nao me cega.

Não existe mais amor, compaixão.

O que existe é poder!

Mas a minha boca nunca iram calar, 'inda que me arraquem a língua

Os meus dedos gritam!